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22 de Mar. 2021

Especial Mês da Mulher, Eulita Maier - Arquiteta e Urbanista

 

Eulita Maier é arquiteta e urbanista, solteira, sem filhos, atua na CEHAN em Florianópolis (SC). Eulita fala de como tem sido a sua vivência na modalidade telebralho com suas dificuldades e benefícios.

“A minha adaptação foi tranquila. A CAIXA surpreendeu em soluções tecnológicas em tempo recorde. Coincidiram duas grandes mudanças: o início do trabalho remoto/pandemia e a reestruturação da VIHAB com a criação das Centralizadoras e a migração dos profissionais para novas unidades e equipes.

O grande desafio foi a distância física dos colegas e as novas formas de comunicação, onde prevalece o uso de aplicativos como TEAMS e de e-mails.”


Isolamento, teletrabalho, produtividade

“O conflito trabalho-família foi e é inexistente, pois no início da implantação do home office permaneci sozinha em isolamento e, de certa forma, fiquei mais focada sem a presença de outras pessoas ou sem as distrações. Atualmente, estou na casa da minha mãe e não tenho encontrado nenhuma dificuldade de convivência, pelo contrário, o teletrabalho me proporcionou mais proximidade e facilidade nos cuidados familiares.

Acredito que para os empregados que dispõem de condições físicas em casa, ou seja, com espaço adequado ao trabalho remoto e também ergonômicas, a produtividade se mantém satisfatória. Mas há quem trabalhe em situações desfavoráveis ou com excesso de demandas familiares. Nesse caso, manter a produtividade é mais um ponto desafiador.

Há uma forte tendência para a permanência desta nova modalidade laboral. A princípio, entendi como uma situação provisória, mas hoje percebo como uma propensão forte da empresa e do mercado. Entretanto, após a pandemia, é necessário avaliar caso a caso, para adequar o home office ou presencial de acordo com a situação particular dos profissionais, inclusive considerar modelos híbridos.

Quanto aos impactos, estes variam de acordo com cada realidade, pois são situações individuais e é difícil generalizar, já que somos mulheres vivendo em diferentes condições familiar, profissional, emocional e de saúde. Entendo que há um grupo que se beneficia com a proximidade da família, com o convívio mais intenso com filhos, com a ausência de trânsito no dia a dia, com o ganho de tempo utilizado em deslocamentos e com a flexibilidade de horários.

É importante considerar que o equilíbrio entre vida pessoal, familiar e profissional sempre foi um desafio às mulheres. São questões fundamentais e que devem ser compartilhadas.

Tive a oportunidade de vivenciar as duas situações e me adaptei a ambas. O desafio da solitude é a manutenção da comunicação com amigos, familiares e colegas. O isolamento excessivo pode ser muito difícil.”


Aprendizados, comunicação, resiliência, saúde

“Conciliar as atribuições laborais e o convívio familiar é, talvez, o grande aprendizado diário de todos que estão em trabalho remoto. Mas toda essa vivência trouxe outros ensinamentos. A comunicação é essencial, as conversas em grupo ou individuais são primordiais ao convívio "virtual" e precisam ser mantidas para além dos assuntos estritamente profissionais. Ter empatia para com o tempo de adaptação individual que as circunstâncias exigem. Buscar resiliência para enfrentar com saúde física e emocional as situações de adversidade. Se perceber como parte de um grupo, ninguém está sozinho! Pedir ajuda se necessário. Adotar rotinas que favoreçam a saúde, como boa alimentação, horário de trabalho, atividades físicas e de lazer, entre outros e por fim, estar aberto ao novo.

Quero parabenizar todas as mulheres que vencem desafios diários com maestria. Muito me orgulho de fazer parte deste time de mulheres fortes, inteligentes e batalhadoras! Que a sororidade faça parte de nossa jornada e que sigamos com leveza e paz.”





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